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Oi pessoal, 

Semana passada mamãe estava enjoada e com azia. Ela falou que só tinha sentido isso quando estava me esperando... 
Será que eu vou ganhar um irmãozinho??? 
Nãaaaaooooo, mamãe foi enfática em falar... ainda não! 
Quem sabe depois que eu fizer um ano...:)

O Natal está chegando, tenho que pensar o que vou colocar na cartinha e pedir para a mamãe ou o papai escrevam e mandem para o bom velhinho já que me comportei muito bem...
A árvore de Natal lá de casa, vai ficar para o ano que vem...
Acho que papai e mamãe estão querendo criar uma tradição para a montagem da árvore na família, mas por enquanto, já vou me divertindo com a árvore da casa da bisa.

Ouvi dizer que papai e mamãe estão planejando a minha primeira viagem... 
Vamos ver no que dá...

Como puderam perceber, sou bastante observadora, igual a mamãe, e estou sempre atenta ao que está acontecendo a minha volta. Até na hora de mamar, mamãe pede para o papai não falar nada porque eu fico procurando ele e paro de mamar...

Estou perto de completar seis meses... 
E a consequencia disso é que a mamãe vai perder o intervalo para amamentação. Uma hora a menos para ficar comigo... Mais correria para dar tempo de fazer tudo que tem que ser feito (sair do trabalho, me pegar no berçário, almoçar, me paparicar um pouco e voltar para trabalhar).



Está chegando o dia de mais uma consulta com a Dra Wânia... O problema é depois da consulta. Parece que tenho que tomar um monte de vacina... Ai, ai, ai!!!! Não gosto dessa parte.

Como muitos já devem estar sabendo, estou participando do concurso do Bebê (http://bebehipoglos2011.com.br/439979).
Mamãe e papai já tem consciência que não vou ganhar, porque estamos concorrendo com pessoas que colocaram máquinas para votar automaticamente, mas só de ficar entre os duzentos primeiros, de mais de 166 mil bebês no Brasil inteiro, eles já estão felizes demais da conta...hehehe


Precisam ver a motivação de vovô Renato e vovó Darsone que ficam fazendo estatística e querendo quebrar recordes, teve dia que votaram mais de mil vezes, votam de madrugada... Tia Fumie tem aproveitado as férias para ficar votando, tia Carol ficou injuriada quando ficou sabendo que podia votar muitas vezes, achou injusto e já estava querendo formalizar uma reclamação...heheheh Tio Roald, descobriu que na India, eles cobram 2 dólares para cada mil votos e já está querendo fazer vaquinha na família para me colocarem em primeiro lugar heheheh 
Mamãe e papai tem se divertido com essa dedicação toda!
Eita família porreta!

A maior novidade de toda a semana é que segunda, resolvi esperar mamãe no berçário sentadinha, com a maior cara de naturalidade. 
Na verdade eu já estava ensaiando de sentar sozinha no final de semana.
Mas foi bom foi ver a cara da mamãe toda emocionada (tentando disfarçar, claro!) por sua filha estar ficando mais independente e eu sem entender o que estava acontecendo, afinal... eu só estava vendo as coisas por outra perspectiva....hehehe

Vou ficando por aqui!
Ao pessoal que está votando em mim, meu muito obrigada!
Ah...peraí, que tenho mais uma fotos para mostrar para vcs...

Eu me despedindo da mamãe

De pituquinha no cabelo (berçário)

 Tomando banho de bacia na pia da cozinha da batchan Taeko

No balancinho do berçário (adoro)

Hum, nessa foto estou querendo que mamãe me pegue!

Beijocas,

Dia-a-dia

Acordo de manhã cedinho e vou para a cama dos meus pais para brincar um pouco com eles... Tomo meu café da manhã (corrigindo, leite da manhã) e fico um pouco com a mamãe para arrotar... Fico mais um pouco com o papai, para terminar de arrotar, enquanto mamãe vai se arrumar. Depois fico sentadinha brincando enquanto papai se apronta e logo mamãe reassume o posto e papai termina de arrumar e vai levar o Chico para passear...

Entro no berçário 8h30 e logo como a minha frutinha... Tomo banho, brinco e tiro uma soneca. 10h30/11h00 tomo o meu leitinho, que a mamãe manda congelado, na mamadeira, brinco e durmo mais um pouco. 

Mamãe me pega às 13h00 no berçário e vamos para a casa da Vovó Darsone, que fica comigo a tarde. Mamãe almoça e me amamenta e volta para o CRER e só retorna às 18h30 para me pegar... Durante a tarde, como mais uma frutinha, mamo mais uma mamadeira e tiro uma soneca (essa vida não é fácil)...

Chego em casa, tomo um banho, espero a mamãe tirar o leite (para congelar para mim ou doar para os bebês do materno infatil), vou mamar (lá pelas 19h30) e logo vou dormir... Ainda mamo no final da noite (22h30 / 23h00) e volto a dormir...

Semana passada tive um leve resfriado, nariz entupido, tosse, mas nada como um bom colinho e remédios leves não resolvessem.

Não sei se sarei logo com os cuidados de mamãe e papai ou se foi porque acabei passando a gripe para a vovó e daí dividimos o vírus...hehehe

Papai e mamãe estão querendo praticidade e começaram a me dar banho de chuveiro junto com eles... Sexta foi com o papai e sábado com a mamãe...

Na sexta passada, tive meu primeiro ataque de braveza... Cheguei em casa cansada, com sono, com fome e com o nariz entupido... Não aguentei e reclamei, chorei muito... Foi difícil me acalmar... Papai e mamãe aspiraram o meu nariz (não gosto desse procedimento e fico mais nervosa), resolveram um dos problemas e conseguiram me fazer dormir... Mamei dormindo... Vendo que estava tudo tranquilo, eles resolveram ir ao Shopping Flamboyant. Eles são dose... heheheheh Não é fácil acompanhar o ritmo deles mas me comportei direitinho...

Domingo tiramos o dia para descansar... Depois do tradicional café da manhã na casa da vovó Darsone depois da missa, fomos para casa e dormimos a tarde inteira, já que a vovó Taeko tinha compromisso e não fez o também tradicional almoço de domingo. Fechamos o dia com uma voltinha no Goiânia Shopping...

Essa já semana foi corrida... Aniversário na segunda, almoço na casa da vó (batchan) Taeko e visitas na terça. Quarta fui jantar, quer dizer, acompanhar os meus pais... Eles foram jantar onde o papai trabalha, no Matsuri Restaurante... É que o papai estava devendo um rodízio por ter perdido uma aposta para a mamãe...

Olha como é dura a minha vida no berçario...

Brincando no balancinho...

Lendo um bom livro (mamãe e papai ficam orgulhosos)...

Minhas amiguinhas e eu colocando as fofocas em dia...

 

E eu feliz da vida quando vi que mamãe tinha chegado para me buscar...

Ah, depois conto o resultado do concurso que participei (Meu bebê na capa do Manual do bebê) e sobre os preparativos do meu batizado...


Beijos...

Meu primeiro ensaio fotográfico (1 Mês de vida)

Oi pessoal!

Aqui estão as tão prometidas fotos que fiz no meu primeiro ensaio fotográfico.

Já mudei tanto,  notem como eu era peludinha, cabeludinha, não tinha controle sobre as mãos, boca, braços... Agora a história é bem outra... Coloco tudo na boca, empurro com os pés, faço carinho nas pessoas que gosto e cuspo a chupeta para longe quando quero conversar...hehehe

Papai não participou da sessão porque estava trabalhando e mamãe ficou se gabando porque a fotógrafa Carolina Murari simplesmente ficou "fã" da mancha que ela tem nas costas em formato de coração... hehehe

Ah... hoje é niver do tio/dindinho Roald.

Felicidades mil  titio...aquela beijoca!

Mamãe disse que você pode melhorar nos paparicos a mim e na frequência à missa hehehe...

(Acho que é difícil agradar 100% a mamãe... Vou penar!!!hehehe).

Beijinhos a todos!

Deliciem-se com minhas fotos (essa sessão de fotos era da Vovó Darsone, mas fui eu quem roubou a cena...hehehe)

 

 Simplesmente eu, com minhas caras, bocas e pelos...

  

Meu olhar expressivo

 

Tentando controlar minha coluna e membros 

(ou será que mamãe é desajeitada)

 Essa é a foto preferida de mamãe! Acho que da fotógrafa também.

 

 Em meus raros momentos de choro!

Vovó Darsone e suas netas

Prole da Vovó Darsone

Nessa foto faltou só o papai...

Dinda Carol e Dindo Geert

Beijos a todos...

Parto (Por mamãe)

Cinco meses depois, resolvi escrever sobre o parto da Manuela, para não esquecer detalhes desse dia que foi o mais importante da minha vida até o momento.

Dia 26/05/11

Fui almoçar na casa da minha avó.
A Carolina/Geert e Maria Luisa já tinham chegado da Holanda na noite anterior.
Estava me sentindo cansada, desanimada porque a data do nascimento já tinha passado, estava previsto para o dia 25/05...
Angustiada porque por mais que tentasse esquecer desse detalhe, não conseguia porque sempre tinha alguém me ligando para saber se estava tudo bem...
Além de tudo, ainda estava preocupada  (mesmo tendo feito um exame de perfil pela manhã, que me tranquilizou), porque tinha caído no dia anterior e batido a barriga no chão.
Mal finalizei o almoço e fui embora para casa descansar.

Li um pouco, ou pelo menos tentei, e dormi.
Por volta das 17h acordei com uma pontada forte na barriga, mas mantive a calma e continuei deitada, tentando ler mais um pouquinho.
Fui ao banheiro, vi que estava saindo um pouco de sangue e tentei falar com a Dra. Virgínia para ver se estava tudo certo, se era mais ou menos assim que começava o trabalho de parto.

Por volta das 18h30 a Dra Virgínia retornou a ligação, descrevi a dor forte que vinha e passava,  a vontade de vomitar, lembrei-a da perda do tampão mucoso que aconteceu no dia anterior.
Ela pediu para contar o intervalo das contrações, me tranquilizou dizendo que até o final de semana a Manuela deveria nascer (estávamos numa quinta-feira), para eu ligar de volta em caso de dúvidas e me deu "Boas vindas ao trabalho de parto", que era tudo isso mesmo que eu estava descrevendo.
Me despedi dizendo, calmamente, que nos encontraríamos na manhã do dia seguinte, quando ela poderia checar minha dilatação.

Antes de desligar ela fez uma última pergunta: "de quanto em quanto tempo estava a dilatação?" , eu disse calmamente: de 7 a 10 minutos.
Daí ela se assustou e me alertou que a Manuela poderia nascer ainda essa noite.

Dentei-me na sala, para assistir TV, liguei para o Lincoln para saber se ele estava voltando do trabalho e o coloquei a par do que estava acontecendo.

Já tinha me preparado psicologicamente para passar toda uma noite em trabalho de parto e pedia muito a Deus para que tudo acontecesse num momento em que eu conseguisse passar pelo trabalho de parto sorrateiramente, sem avisar a ninguém e, claro, sem que ninguém notasse minha ausência.

O Lincoln chegou e, tentando conter o nervosismo, começou a me ajudar a contar o intervalo das contrações.
 Deitei-me na cama e sempre que sentia algo, dava um leve tapa nele, para que pudesse cronometrar o tempo. Com o tempo os tapas foram ficando mais fortes e minha paciência mais curta (fazendo com que eu desejasse que ele parasse de fazer perguntas ou ficar andando atrás de mim... hehehe agora consigo rir da situação).

Ele queria me ajudar com os exercícios que fiz durante a preparação física para o parto normal, desde a 28ª Semana, mas eu só queria ficar deitada, esperando a dor passar, queria deixar os exercícios para a hora mais próxima do parto, o que para mim estava muito longe.

Às 21h30, quando as contrações chegaram a intervalos médios de 3 minutos, o Lincoln ligou para a Dra. Virgínia e combinamos de nos encontrar na maternidade para ela me avaliar.
Nessa altura do campeonato, eu só ficava sentada no vaso sanitário, aguardando as contrações, cheguei a vomitar um líquido vermelho (o que me deixou preocupada, até me lembrar que tinha chupado picolé de groselha após o almoço e fiquei aliviada porque deveria ser do xarope e não sangue...hehehe).

Tomei banho, o Lincoln levou as malas para o carro (tínhamos que estar preparados para o caso da Manuela resolver nascer nessa noite u na madrugada).
Em uma hora chegamos na maternidade (cada bacada do caminho me fazia ficar nervosa pois sentia dores fortes, mas segurei a onda). Fiquei feliz e aliviada ao ser avaliada pela Dra Virgínia, já estava com 6 cm de dilatação, já poderíamos chamar o anestesista e se tudo caminhasse dessa forma teríamos o tão sonhado "parto normal".

Em uma hora, com a chegada do anestesista, fomos para o centro cirúrgico.
As contrações ficaram ainda mais próximas, a anestesia não tirava a dor (a médica queria assim pois tinha medo de que eu não fizesse a força certa na hora da contração, testamos a força antes e eu tinha aprendido direitinho no curso).
Estávamos todos tensos no Centro Cirúrgico (Eu, Lincoln, Hiroko, Dra. Virgnia, pediatra Luciana e enfermeira), mas ainda encontrávamos tempo para falar sobre amenidades... hehehe
Algum tempo depois, já estávamos com 10 cm, os batimentos da Manuela pareciam estar diminuindo e a Dra. Virgínia deu um ultimato "Ou ela encaixava agora ou teríamos que passar para o parto cesariano".
Pensei: Como assim!? Depois de passar por isso tudo agora vão me cortar? (tinha medo de ser cortada).
Peraí Dra que agora vai...
Conseguiram ver a cabecinha da Manuela, chorei de dor (queria mais anestesia), fizemos uma força tarefa (que consistia em uma enfermeira ficar empurrando minha barriga a cada contração, além do lençol que foi amarrado na minha barriga também, e o Lincoln segurando minha cabeça para eu encostar o queixo no peito).
Levei bronca da Dra Virgínia por gritar: "Concentre sua força para ajudar no parto, precisamos da sua ajuda!"
Era eu quem avisava que a contração estava vindo para todos se posicionarem, por isso, quando vi no relógio que a Dra. Virgínia acertaria na previsão dela (nasceria até 01h15) eu falei: "Agora vai".
E às 01h14 do dia 27  de maio veio ao mundo, sem aquele famoso choro inicial ou aquela cena do médico levantando o bebê de cabeça para baixo, a minha japinha Manuela.

A Mel (preparadora física da UNIMED) que me desculpe, mas na hora nem queria saber de fazer os exercícios que tinha aprendido nas 12 semanas de curso... hehehe.
Talvez se eu não tivesse sido tão teimosa, as coisas teriam sido ainda mais fáceis.
O Lincoln bem que queria ajudar com os exercícios, tadinho!

Ainda tive que ficar na sala de parto por mais algum tempo, tomar a anestesia raquia (que paralisa da cintura para baixo porque minha placenta não saiu inteira ) fazer curetagem e posteriormente, passar por uma histeroscopia cirúrgica para retirar menos de um cm da placenta que não queria sair de jeito nenhum.
Mas nada disso teve relação com o tipo de parto, esse caso é raro e tem a ver com o tipo de placenta que se formou, considerada acreta, mas isso já é outra história e não tirou nada da beleza desse grande momento.

Nunca poderia imaginar como seria a carinha dela!
Meio inchadinha, tinha bastante pêlo, mas linda, com aquela cara de quem não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

Por mais que imaginasse uma dor maior, um trabalho de parto que durasse pelo menos 18 horas (o meu durou 7 horas), talvez que pelo cansaço, pelo esforço...não consegui chorar de emoção quando realizei o sonho de pegar minha amada filha, aquela com quem sonhei desde quando era pequena (sempre quis ter uma filha japonesa). Sentia-me ligada na tomada (não conseguia dormir), ficava olhando para aquele ser e mal acreditava que ela pudesse ter saído de mim. Ela pegou facilmente o meu peito, fiquei um pouco tensa porque mal sabia como pegar aquele serzinho tão frágil.

Dormi duas noites no hospital e na manhã de sábado, um dia antes do meu aniversário, fui para casa com o presente que mais queria ganhar a vida toda: a minha amada filha Manuela.

Com os dias aprendi a cuidar dela, já não sentia medo, descobrimos formas diferentes de dormir juntas (pelo menos ao mesmo tempo). O cansaço deu lugar as descobertas, o medo à alegria de ver minha pequena crescendo tão saudável.

Vi e revi o vídeo do parto, gravado pela Hiroko e me emocionava muito.
Amamentar e ficar vendo a Manuela dormindo em meus braços me fazia chorar de emoção sempre.
Verificar cada traço do rostinho dela, ver como cada parte do corpinho dela é perfeita...
Vê-la tão tranquila, calminha, com olhar de gratidão me fazia sentir que tudo valeu a pena.

Como Deus foi bom para mim!
E que venham mais partos!
Partos normais, claro... a recuperação é rápida e acho que as coisas acontecerem na hora que tem que acontecer faz com que tudo caminhe melhor, inclusive a descida do leite.

Beijos


Renata Miashiro Borges